Ilustres autoridades
presentes ou representadas, os cordiais cumprimentos do sodalício da AAL neste
lindo dia em que a Academia Acreana de Letras recompõe, em parte, o seu
sodalício, com a chegada de um laureado acadêmico.
Assim, é com júbilo e
emoção que esta Augusta Academia Acreana de Letras acolhe, hoje, em seu quadro
de imortais, o Prof. Dr. MÁRIO LIMA BRASIL. Sapientia Aedificavit Sibi Domum.
A sabedoria edificou para si uma casa.
Tem sido através do mundo da
cultura, no aprendizado e no aprimoramento dos vários conhecimentos existentes
no orbe, seja nas ciências exatas, humanas, sociais, da saúde, dentre outras, que o ser humano tem alcançado
patamares desenvolvimentistas capazes de proporcionar o bem-estar social e
melhoria da qualidade de vida para toda a humanidade.
E nesse contexto, as instituições
acadêmicas têm sido, indubitavelmente, grandes difusoras e receptáculos dos
conhecimentos, desde priscas eras, quando o mítico Platão fundou a primaz
Academia em Atenas, na antiga Grécia, no ano 387 a. C., ocasião em que
preconizava o desejo de “educar os jovens de maneira oposta à sofística,
preparando-os para a união entre o poder político e a ciência, no
engrandecimento humano”.
Mais tarde, na França, século
XVII, foi criada a primeira academia de Letras, com objetivos definidos, o
cultivo das letras, o prestígio à arte e, variavelmente, o reconhecimento aos
valores das ciências. Suas normas e cláusulas são estabelecidas em estatuto
devidamente legalizado. A Academia Acreana de Letras – AAL, seguindo os moldes
daquela primeira criada na França, no século XVII, possui 40 cadeiras, então
preenchidas por pessoas notabilizadas por algo expressivo de sua própria
criação, tornando-se por esta razão, imortais, posto que ‘Letras’ possui status
para se imortalizar.
E foi com esse mesmo objetivo que
há 78 anos veio a lume a Academia Acreana de Letras, agregando, desde então, em
suas hostes, profissionais literatos e cientistas, profissionais da área de
Letras -- culto sagrado ao idioma pátrio e à literatura de expressão portuguesa
-- e outras áreas afins, a promoverem a difusão e o desenvolvimento das
ciências em geral. É como diz a frase latina – A sabedoria edificou para si uma
casa.
Aqui somos mulheres e homens
cultuadores das boas letras, da literatura, do humanismo e das ciências, sempre
colimando por objetivo o culto às letras do idioma pátrio e à literatura de
expressão portuguesa, com o olhar na higidez do idioma, indistintamente de
classes sociais.
Destarte, é por tal razão que
este sodalício hoje, aqui reunido, engalana-se, para a posse do novel Acadêmico
MARIO LIMA BRASIL, cadeira nº 15, que tem por patrono Belarmino
de Mendonça --- homem que sentou praça no Exército em 1865,
quando partiu como soldado para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Proclamada a
República, em 15 de novembro de 1889 e convocadas às eleições para o Congresso
Nacional Constituinte, em 15 de setembro de 1890, foi eleito deputado pelo
Paraná. Tomou posse em 15 de novembro, participou da elaboração da Constituição
promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e, com o início, em maio, da legislatura
ordinária, tomou assento na Câmara dos Deputados até dezembro de 1893. Com o
término da legislatura, voltou à vida militar e foi promovido coronel em 1895.
Durante sua longa trajetória como
militar, foi inspetor da 12ª Região Militar, fiscalizou o serviço de navegação
dos rios Iguaçu e Negro e dirigiu a construção de ramais férreos e a exploração
de rios. Foi também adido ao Ministério das Relações Exteriores e subchefe do
Estado-Maior do Exército. Além disso, foi ministro do Superior Tribunal
Militar. Faleceu no dia 28 de maio de 1913.
A cadeira nº 15 tem
por antecessor JORGE KALUME -- Filho do
imigrante Sírio Abib Moizés Kalume e de Latife Zaine
Kalume. Estreou na política ao eleger-se prefeito de Xapuri,
em 1955. Eleito deputado federal pelo PSD,
em 1962, renunciou para assumir o governo do Acre
como mandatário ungido pelo Regime Militar de
1964. Eleito Senador da República pelo Acre, em 1978. Foi homem que
dedicou a vida às causas acreanas, sempre com lisura e honradez.
Hoje, toma assento na mesma
cadeira o Prof Dr. Mário Lima Brasil.
O novel acadêmico é resoluto e perseverante em seus anelos, por isso espera-se
que traga mais glória a esse honrado sodalício, posto possuir gênio indagativo,
perscrutador e curioso, fascinando-se e
fascinando-nos, dentre tantos brios, por notas musicais e belas partituras...
Nosso ilustre acadêmico ostenta
em seu “Curriculum”, trabalhos maravilhosos, outorgados por entidades nacionais
e estrangeiras.
Seja bem-vindo ao nosso sodalício,
Professor MARIO LIMA BRASI. Manifesto o regozijo que nos acomete neste ensejo
de tê-lo doravante como nosso confrade, valendo-nos da oportunidade para estender
cumprimentos aos Vossos familiares que não puderam estar aqui hoje.
Movida pelo enlevo natural que
nos envolve em átimos como este, quando representantes de vários segmentos da
comunidade regional, aqui vêm congregar-se conosco, prestigiando mais um evento
da Academia Acreana de Letras, como um incentivo à cultura e ao desenvolvimento
científico e intelectual da região acreana, lanço um olhar esperançoso no futuro
do Brasil, hoje mergulhado em escândalos, o nosso Acre querido, que agrega
nesse sodalício mulheres e homens que podem soerguer o nome do Acre e do Brasil,
dando-lhe uma respeitável parcela de credibilidade junto ao concerto harmonioso
e orquestrado por todas as nações.
Prof. Mario Lima Brasil, receba,
aqui, de seus novos confrades, a mais calorosa acolhida, na certeza de que a
sua presença honra e dignifica esta Casa.
Senhoras e Senhores, muito obrigada pelo prestígio
de tê-los aqui presentes.
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