08/09/2016

DISCURSO DA PRESIDENTE DA AAL POR OCASIÃO DA POSSE DO ACADÊMICO MÁRIO LIMA BRASIL



Ilustres autoridades presentes ou representadas, os cordiais cumprimentos do sodalício da AAL neste lindo dia em que a Academia Acreana de Letras recompõe, em parte, o seu sodalício, com a chegada de um laureado acadêmico.
Assim, é com júbilo e emoção que esta Augusta Academia Acreana de Letras acolhe, hoje, em seu quadro de imortais, o Prof. Dr. MÁRIO LIMA BRASIL. Sapientia Aedificavit Sibi Domum. A sabedoria edificou para si uma casa.
Tem sido através do mundo da cultura, no aprendizado e no aprimoramento dos vários conhecimentos existentes no orbe, seja nas ciências exatas, humanas, sociais, da saúde,  dentre outras, que o ser humano tem alcançado patamares desenvolvimentistas capazes de proporcionar o bem-estar social e melhoria da qualidade de vida para toda a humanidade.
E nesse contexto, as instituições acadêmicas têm sido, indubitavelmente, grandes difusoras e receptáculos dos conhecimentos, desde priscas eras, quando o mítico Platão fundou a primaz Academia em Atenas, na antiga Grécia, no ano 387 a. C., ocasião em que preconizava o desejo de “educar os jovens de maneira oposta à sofística, preparando-os para a união entre o poder político e a ciência, no engrandecimento humano”.
Mais tarde, na França, século XVII, foi criada a primeira academia de Letras, com objetivos definidos, o cultivo das letras, o prestígio à arte e, variavelmente, o reconhecimento aos valores das ciências. Suas normas e cláusulas são estabelecidas em estatuto devidamente legalizado. A Academia Acreana de Letras – AAL, seguindo os moldes daquela primeira criada na França, no século XVII, possui 40 cadeiras, então preenchidas por pessoas notabilizadas por algo expressivo de sua própria criação, tornando-se por esta razão, imortais, posto que ‘Letras’ possui status para se imortalizar.
E foi com esse mesmo objetivo que há 78 anos veio a lume a Academia Acreana de Letras, agregando, desde então, em suas hostes, profissionais literatos e cientistas, profissionais da área de Letras -- culto sagrado ao idioma pátrio e à literatura de expressão portuguesa -- e outras áreas afins, a promoverem a difusão e o desenvolvimento das ciências em geral. É como diz a frase latina – A sabedoria edificou para si uma casa.
Aqui somos mulheres e homens cultuadores das boas letras, da literatura, do humanismo e das ciências, sempre colimando por objetivo o culto às letras do idioma pátrio e à literatura de expressão portuguesa, com o olhar na higidez do idioma, indistintamente de classes sociais.
Destarte, é por tal razão que este sodalício hoje, aqui reunido, engalana-se, para a posse do novel Acadêmico MARIO LIMA BRASIL, cadeira nº 15, que tem por patrono  Belarmino de Mendonça ---  homem que sentou praça no Exército em 1865, quando partiu como soldado para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Proclamada a República, em 15 de novembro de 1889 e convocadas às eleições para o Congresso Nacional Constituinte, em 15 de setembro de 1890, foi eleito deputado pelo Paraná. Tomou posse em 15 de novembro, participou da elaboração da Constituição promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e, com o início, em maio, da legislatura ordinária, tomou assento na Câmara dos Deputados até dezembro de 1893. Com o término da legislatura, voltou à vida militar e foi promovido coronel em 1895.
Durante sua longa trajetória como militar, foi inspetor da 12ª Região Militar, fiscalizou o serviço de navegação dos rios Iguaçu e Negro e dirigiu a construção de ramais férreos e a exploração de rios. Foi também adido ao Ministério das Relações Exteriores e subchefe do Estado-Maior do Exército. Além disso, foi ministro do Superior Tribunal Militar. Faleceu no dia 28 de maio de 1913.
A cadeira nº 15 tem por antecessor JORGE KALUME -- Filho do imigrante Sírio Abib Moizés Kalume e de Latife Zaine Kalume. Estreou na política ao eleger-se prefeito de Xapuri, em 1955. Eleito deputado federal pelo PSD, em 1962, renunciou  para assumir o governo do Acre como mandatário ungido pelo Regime Militar de 1964. Eleito Senador da República pelo Acre, em 1978. Foi homem que dedicou a vida às causas acreanas, sempre com lisura e honradez.
Hoje, toma assento na mesma cadeira o Prof Dr. Mário Lima Brasil. O novel acadêmico é resoluto e perseverante em seus anelos, por isso espera-se que traga mais glória a esse honrado sodalício, posto possuir gênio indagativo, perscrutador e curioso,  fascinando-se e fascinando-nos, dentre tantos brios, por notas musicais e belas partituras...
Nosso ilustre acadêmico ostenta em seu “Curriculum”, trabalhos maravilhosos, outorgados por entidades nacionais e estrangeiras.
Seja bem-vindo ao nosso sodalício, Professor MARIO LIMA BRASI. Manifesto o regozijo que nos acomete neste ensejo de tê-lo doravante como nosso confrade, valendo-nos da oportunidade para estender cumprimentos aos Vossos familiares que não puderam estar aqui hoje.
Movida pelo enlevo natural que nos envolve em átimos como este, quando representantes de vários segmentos da comunidade regional, aqui vêm congregar-se conosco, prestigiando mais um evento da Academia Acreana de Letras, como um incentivo à cultura e ao desenvolvimento científico e intelectual da região acreana, lanço um olhar esperançoso no futuro do Brasil, hoje mergulhado em escândalos, o nosso Acre querido, que agrega nesse sodalício mulheres e homens que podem soerguer o nome do Acre e do Brasil, dando-lhe uma respeitável parcela de credibilidade junto ao concerto harmonioso e orquestrado por todas as nações.
Prof. Mario Lima Brasil, receba, aqui, de seus novos confrades, a mais calorosa acolhida, na certeza de que a sua presença  honra e dignifica esta Casa.

Senhoras e Senhores, muito obrigada pelo prestígio de tê-los aqui presentes.

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