Autoridades presentes e representadas,
nobre sodalício
da AAL, Senhoras e Senhores,
Ilustre imortal Prof. Dr. Jorge Araken Faria da Silva. Digo,
inicialmente, que esta cerimônia de concessão do titulo de Professor Emérito a um
imortal da nossa Augusta Casa, quase centenária, é um dos momentos mais
solenes da Academia e, por isso, toca, sobremaneira, os meus sentimentos mais profundos,
de emoção e de gratidão aos pares que reconheceram na personalidade do Dr. Jorge Araken,
na sua trajetória de vida, nas conquistas, nos títulos acadêmicos, no homem de
personalidade forte que a todos encanta por sua erudição, o título que nesta noite recebe para orgulho de todos imortais, autoridades acreana, comunidade do Estado do Acre. E hoje, serei breve,
mas preciso narrar alguns fatos. Em 17 de novembro de 1937, um grupo de
intelectuais aqui do Acre se reuniu para fundar a Academia Acreana de Letras,
que teve por primeiro Presidente Amanajós de Araújo. Decorridos 82 anos, esta
Casa teve 5 Presidentes. Sou a primeira mulher a dirigir esta instituição, e
faço com honra, dedicação, louvor. Trabalhei, na minha gestão, para mudar o
cenário da AAL, em vários aspectos, o principal deles foi a inaugurar uma administração calçada em decisões colegiadas; depois, trabalhar a estrutura
organizacional de seus Quadros. Em 18 de setembro de 2018 aprovamos, em
Assembleia Geral, um Novo Estatuto, e ali, na Seção II, Parágrafo 3º, criou-se
o Quadro de Eméritos para imortais de reconhecida e irrefutável história de
vida acadêmica e laboral. E desde meu ingresso na AAL conheci pessoas de
inigualável valor. Dentre elas destaco o imortal Prof. Dr. Jorge Araken Faria da
Silva, a quem o vernáculo não tem
palavras suficientes para adjetivá-lo.
Jorge Araken Faria da Silva é um homem que ultrapassou e
venceu o seu tempo. Nesta tarde, serei
breve nas palavras, recordo o discurso de Martins Luther King Jr, "I Have Drean" ( Eu tenho um sonho), Washington, 28 de agosto de 1963. Cinco anos antes de ser assassinado em
Memphis, o Rev. Martin Luther King falou diante de 200 mil pessoas em
Washington, D.C. Seu discurso está cheio de referências bíblicas e é um apelo à
igualdade de todas as pessoas, no contexto da não violência. Este discurso é um
momento decisivo na história dos Estados Unidos pela defesa dos direitos civis.
Hoje, este momento também é histórico na Academia Acreana de Letras, no Tribunal
de Justiça do Acre, porquanto prestamos, em vida, homenagem a um homem que
orgulha a espécie humana. Um homem que trilhou o caminho das letras jurídicas,
da literatura, colheu exemplos de grandes literatos do mundo, conviveu entre
filólogos e gramáticos como Sousa da Silveira e Said Ali e hoje, entre nós,
aqui, nos enche de emoção. GRANDE EXEMPLO HUMANO, GRANDE JURISTA, MODELAR
PROFESSOR. Eu lhe trago, agora, algumas lembranças de seus pares, alguns aqui
presentes, outros ausentes.
Os presentes são livros editados pelos imortais da AAL, nesta minha gestão, muitos e precisos, como dantes não havia. De 40 cadeiras, 40 acadêmicos, maior produção, proporcional, do que a UFAC com 900 professores.
Concluo essa fala dizendo que o sentido
da vida consiste em participar conscientemente dos acontecimentos históricos.
Quanto mais eu penso nisso e mais me parece verdadeiro. Isso significa posicionar-me,
ativamente, contra tudo que diminui os seres humanos diante da vida, nas
desigualdades, sobretudo na ausência de cidadania, quando grande parte da população brasileira não sabe ler nem
escrever.
A leitura de todos os bons livros é uma conversação
com as mais honestas pessoas dos séculos passados.
(René Decartes)
A leitura de todos os bons livros é uma conversação
com as mais honestas pessoas dos séculos passados.
(René Decartes)
PLATÃO – fundador da
primeira Academia, na antiga Grécia, berço da civilização ocidental
preconizava: toda vez que surge um novo Acadêmico a humanidade inteira fica
mais enriquecida culturalmente! É o que acontece nesta tarde em que a AAL
guinda ao grau de Eméritos o Prof. Dr. Jorge Araken Faria da Silva.
Ato de diplomação